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  • Foto do escritorAlessandra Barrozo

(Va)sina brasileira

Alguns fazem ioga, em casa mesmo. Outros acompanham de perto cada avanço da ciência. Boa parte tem fé. À sua maneira, todo brasileiro enfrenta a pandemia de Covid-19, que desembarcou no Brasil em 2020 e, subitamente, nos ocultou metade do rosto, nos tirou parte de nós.


Completamos um ano em luto. Contudo, mesmo com mais de 420 mil mortes e uma dúzia de meses com médias móveis na casa dos milhares, parecemos estáticos: se o país venceu a poliomielite e a rubéola anos atrás, hoje se permite caminhar a passos lentos rumo à imunização.


Ainda mais incompreensível é a insistência, por parte do governo federal, em um tratamento precoce que, de modo algum, substitui a vacina. Na contramão, a propaganda nos acrescenta problemas, como a negligência com medidas de higiene, pela falsa sensação de proteção, e efeitos nocivos ao organismo.


A despeito da postura do Ministério e do governo, estamos vivendo momentos de um esforço coletivo cada vez mais forte para a difusão da ciência, do reconhecimento do Sistema Único de Saúde, do combate às notícias falsas.


Tendo de driblar a fome, o desemprego e a solidão do distanciamento, brasileiras e brasileiros encontram, acima de tudo, uns nos outros a força para seguir a vida sem aqueles que a perderam. Para continuar a vestir nossa armadura em uma luta do contexto “novo normal”: a máscara e a enésima dose de esperança.

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